Pages

sábado, 21 de junho de 2008

Sem palavras...

Fazendo uma visita ao blog By Osc@r Luiz, do meu amigo, Oscar, deparei-me com imagens que deixaram-me sem palavras, deu vontade de chorar...
Fui buscar mais informações sobre o assunto e cheguei ao site AmbienteBrasil, onde pude constatar uma matança indiscriminada de baleias, uma verdadeira barbárie.

Na desenvolvida Dinamarca, acontece anualmente espetáculo de barbárie contra baleias...












Em um dos países que se colocam como avançados em todos os sentidos, perpetram-se crimes contra a natureza que, no caso deles, não podem sequer ser justificados pelos clamores da sobrevivência.
Um banho de sangue, um derramado de baleias, nas Ilhas Feroe. Para quem nunca ouviu falar delas, “As ilhas Feroe ou “ilhas das Ovelhas” são um território autônomo da Dinamarca, parte da Europa, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia.
Nesse local, como se vê, ligado à próspera e desenvolvida Dinamarca, é realizado um evento todos os anos que inclui encurralar centenas de baleias à beira d´água, para depois ter o prazer de exterminá-las a golpes de facas. Crianças costumam ser dispensadas das escolas nesse dia, para acompanhar o “divertimento”, que funciona como uma espécie de ritual de passagem dos rapazes à idade adulta.
Já circula uma petição na internet pedindo providências para acabar com tal barbárie. “Essa caça esportiva é uma prática que foi abandonada em todo o mundo há muitas décadas, e agora é considerada ilegal em muitos outros países europeus”, diz o texto da petição.
“Os habitantes das Ilhas Feroe não têm necessidade da carne de baleia para a subsistência, e muito da carne é deixada para apodrecer e é jogada fora. Ela não pode ser exportada, pois está poluída com metais pesados e outras toxinas e, assim, não atende os padrões de saúde da UniãoEuropéia para alimento para consumo por humanos”, prossegue. (Para conferir o texto completo, em Inglês, clique aqui)

Em julho de 2000, a organização Sea Shepherd, que dedica-se à proteger as formas de vida marinhas, velejou até as Ilhas Feroe para intervir na matança anual de baleias pilotos. Conseguiu que o massacre fosse levado às primeiras páginas da mídia européia e, melhor que isso, passou a fazer pressão econômica sobre as companhias que ainda compravam alimentos do mar com origem nas Feroe, o que representa 90% da economia local, com predominância das compras feitas pelo gigante holandês Unilever.
“Acima de 20 mil pontos de venda a varejo europeus cancelaram os seus contratos de pesca a pedido da Sea Shepherd”, informa o portal da entidade.

A luta está, porém, longe de um final feliz. “Na Noruega isso acontece também; é um problema cultural”, disse a AmbienteBrasil Cristiano Pacheco, coordenador jurídico da Sea Shepherd no Brasil. “É um espetáculo de horrores, eles abrem o pescoço dos animais de fora a fora e os deixam agonizando na beira da praia, onde as pessoas ficam aplaudindo”, completa o advogado, para quem é “inacreditável” que aconteça algo assim no mundo em pleno Século XXI.

Quem quiser ajudar a lutar contra essa barbárie, poderá assinar a petição que será enviada para a União Européia. A petição está disponível aqui:

quinta-feira, 5 de junho de 2008

05 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente...

Nada melhor que este dia para começar a mostrar às crianças as maravilhas do Meio Ambiente!

Crianças se desintoxicam das telinhas.



Li esta notícia no blog da Ana Cláudia Bessa, O Futuro do presente, e achei super interessante! Além de sentir uma grande necessidade sobre ter uma "consciência coletiva" a respeito deste assunto.

30/05/2008
Dez dias: na Europa, crianças se desintoxicam das telinhas
De Martine Laronche
Enviada especial do "Le Monde" a Estrasburgo.

No dia 20 de maio, uma terça-feira, os 254 alunos da escola primária do Ziegelwasser (antigo afluente do Reno, hoje um dos canais que atravessam Estrasburgo, uma cidade constituída por várias "ilhas") se lançaram num desafio tão arriscado quanto difícil: dispensar toda e qualquer telinha de televisão, computador e consoles de videogame durante dez dias. Logo após o anúncio, os jornalistas passaram a disputar espaço diante da porta da escola, que é classificada na categoria ZEP (Zona de Educação Prioritária), situada no bairro popular do Neuhof, na periferia.

Até mesmo a secretária de Estado para a família Nadine Morano se deslocou de Paris até o estabelecimento. Uma semana mais tarde, as crianças estão prestes a vencerem a partida. A taxa de sucesso supera os 90%, enquanto a meta que havia sido projetada para tanto era de 70%."No começo, nós não sabíamos o que esperar", se recorda Lucette Tisserand, mãe de um baixinho chamado Samuel, de 7 anos e meio. Habitualmente, o seu filho fica assistindo aos desenhos animados na televisão, pela manhã, além das informações regionais e do seriado "Omar et Fred" no canal por assinatura "Canal+", à noite, junto com a sua mãe. Nos dias sem escola, ele fica brincando com o seu Nintendo DS."Ele realmente levou o desafio a sério. Um dia, excepcionalmente, eu quis assistir a uma reportagem na televisão sobre esta experiência. Pois ele saiu da sala e foi se trancar no seu quarto", recorda-se a sua mãe. Felizmente, o garoto dispõe de muitas alternativas: bicicleta, piscina, museu, feirinha de objetos usados no pátio da escola...

Com tudo isso, Samuel teve um fim de semana bastante agitado."Graças a esta experiência, o ambiente está tranqüilo lá em casa", acrescenta Lucette. "Em relação a tudo isso, creio que algumas dessas regras deverão ser mantidas: não mais assistir à televisão durante as refeições, continuar nos divertindo com jogos de sociedade, e ler uma história para o meu filho à noite".

Os pais, apoiados pela associação ambientalista estrasburguesa ECO-conseil, que esteve na origem da operação em parceria com a Câmara de Consumo da Alsácia, participaram da realização de diferentes atividades, as quais foram coordenadas pelo diretor da escola.

Na última terça-feira (27), duas mães estiveram ocupadas em recortar moldes para a oficina de costura do dia seguinte. "Há muitas coisas que nós fazemos para os nossos filhos que nós não faríamos anteriormente", explica Sabrina Klem, mãe de Lyse, 7 anos, e de Laura, 8 anos. "Por conta disso, anteriormente, eu não tinha contato algum com os outros pais. Agora, a gente se cumprimenta, e vai criando laços de amizade". A mesma constatação é feita por Karine Vanhouck, mãe de quatro filhos, dos quais um está sendo escolarizado na escola do Ziegelwasser. "O meu filho quer continuar estudando aqui, não apenas porque ele aprecia muito os desafios, como também porque nós temos nos mostrado mais disponíveis para ele".

Uma parte das crianças teve lá seus momentos de fraqueza, sucumbindo a uma ou outra tentação, mas nem por isso elas resolveram desistir. Este foi o caso de Yasin, 10 anos, e de Matine, 11 anos, que na semana assistiram ao jogo de futebol da final da Liga dos Campeões e ao seu programa predileto, "As Trinta histórias mais espetaculares". Nasrine, 10 anos, confessa ter participado de um chat, uma vez, no MSN, junto com a sua prima, e ter assistido a um programa sobre o código do trânsito. Dylan, por sua vez, "tropeçou" em duas oportunidades diante da sua televisão, e tampouco resistiu a brincar com seu videogame. Essas pequenas distorções das regras resultaram toda vez na retirada de um ponto em sua grade de avaliação, mas, no total, os resultados obtidos por esses quatro colegas se revelaram mais do que honrosos.

Sobre a mesa do diretor da escola, destaca-se uma pilha de cerca de quarenta cartas de incentivo. "Todas essas mensagens mostram que nós estamos lidando com um fenômeno que diz respeito a todos os meios da sociedade", analisa Xavier Rémy. "Os últimos dez dias que nós vivenciamos foram um pouco mágicos. A operação permitiu que laços sociais fossem firmados, e disso restará forçosamente alguma coisa". Ao meter o bedelho em comportamentos que, a priori, não lhe diziam respeito, mas sim envolviam a intimidade das famílias, a escola do Ziegelwasser desempenhou um papel unificador no nível do bairro, incentivando as famílias a participarem de uma aventura inédita na Europa."Para idealizar este projeto, nós nos inspiramos em parte na experiência quebequense de Jacques Brauder, um professor de ginástica aposentado que atua como militante em favor da paz", explica Serge Hygen, um encarregado de missão na associação ECO-conseil. No Canadá, um balanço realizado em dez escolas listou inúmeros benefícios que podem ser obtidos com operações desse tipo: melhora do bem-estar e do humor das crianças, que acabam passando uma maior parte do seu tempo com a família, além de menos disputas. A maior parte das escolas que haviam lançado o desafio manifestou a intenção de repetir a operação.

Tradução: Jean-Yves de Neufville

Que tal incentivarmos as escolas dos nossos filhos a fazerem este desafio?
Vale à pena tentar, mostrar as crianças que existe uma vida "lá fora"!